14 setembro 2006

OS JORNALISTAS E A DESCOBERTA DA POLVORA

Em 12 de Setembro de 2006, o Jornal de Notícias publicou uma suposta notícia e ao mesmo tempo uma novidade, pelo menos para a autora dessa notícia.
No entanto para quem vive no mundo real, é uma realidade com que já convivemos à largos anos, no entanto esta suposta noticia só tinha uma preocupação, que era fazer publicidade à "proposta socialista".
Pois é minha Senhora, o nosso país não precisa de nova lei, precisa é que a actual seja cumprida, se a lei actual fosse cumprida, não teriamos este nível de trabalho precário em Portugal. Se a inspecção de trabalho, o ministério do trabalho, etc... fizessem cumprir a lei existente, o numero de trabalhadores temporários e contratados desceria drasticamente.
Deixe-me lhe dizer os numeros estão muito desactualizados, pois no pais real em que vivemos, nós já vamos à frente dos espanhois, e com grande avanço. "Um em cada cinco portugueses assinou um contrato a prazo (a termo certo) ou temporário com a entidade empregadora", minha Senhora se assim fosse as empresas de trabalho temporario já tinham aberto falência, mas infelizmente elas estão de muito boa saúde, e cada vez são mais.
Leia a lei actual, e na próxima noticia que publicar sobre este assuto, se o seu patrão deixar é claro, diga a verdade, não tenha medo, ou será que a Senhora também pertence a este grande grupo.
Notícia acima referida
Um em cada cinco trabalhadores vive com emprego temporário

Alexandra Figueira
Um em cada cinco trabalhadores vive com emprego temporário Portugal e Espanha são os dois países da União Europeia (UE) a 15 com mais trabalhadores precários. E, na comunidade a 25 países, só a Polónia ultrapassa a Península Ibérica na precariedade no trabalho.
Os mais recentes dados do Eurostat sobre a força de trabalho europeia mostram que, em matéria laboral, Portugal continua atrás da maioria dos parceiros comunitários numa série de indicadores, desde a segurança do posto de trabalho, até ao número médio de horas trabalhadas, onde ocupa o quarto lugar na UE a 15.A instabilidade no emprego é um dos indicadores em que Portugal se destaca pela negativa. Um em cada cinco portugueses assinou um contrato a prazo (a termo certo) ou temporário com a entidade empregadora.
A Espanha é, de longe, o país onde a precariedade mais atinge a mão-de- -obra, com um em cada três espanhóis a trabalhar nessas circunstâncias. Também a Polónia - cuja economia só recentemente se converteu ao sistema capitalista e entrou na UE - aparece nos lugares cimeiros.
A par da precariedade, também na carga de trabalho Portugal sobressai no panorama comunitário, situando-se no quarto lugar entre os Quinze no que toca a número médio de horas trabalhadas. Só o Reino Unido (42,6 horas), a Áustria (42,4 horas) e a Grécia e Espanha (41 horas) ultrapassam Portugal no que toca ao tempo passado no posto de emprego (40,2 horas, o mesmo que no Luxemburgo).
Os portugueses passam, assim, mais tempo no trabalho do que a maior parte dos europeus, mas apesar disso a sua produtividade é inferior em um terço à média comunitária.Uma das várias razões pelas quais a produtividade nacional é tão baixa é a qualificação dos trabalhadores e, aqui, Portugal está novamente mal colocado.
Em Junho do ano passado, só 4,6% dos portugueses declararam ter participado em acções de formação profissional ou educativa - a percentagem mais baixa de toda a União a Quinze. Na UE a 25, só a Hungria dá menos formação aos seus trabalhadores.Um décimo na agriculturaPortugal ainda é um país de agricultores.
O Eurostat indicou que 11,8% dos trabalhadores estão no sector agrícola. Entre a União Europeia a Quinze, o primeiro lugar é ocupado pela Grécia, com 12,4% da mão-de-obra dedicados ao sector primário.
No global da União Europeia, a agricultura tem um peso ainda maior. Na Polónia, 17,4% dos trabalhadores são agricultores, seguida da Lituânia (14%) e da Letónia (11,8%). Luxemburgo, Bélgica e Alemanha são os países com menor percentagem de agricultores, abaixo dos 3%.Legislação mais dura.
A proposta socialista que mudará a lei que rege o trabalho temporário será discutida amanhã em concertação social, mas já mereceu críticas pela Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego (APESPE). (e as associações dos trabalhadores ?)
À Lusa, o presidente Marcelino Pena Costa criticou a "carga burocrática inacreditável" que será exigida no processo de licenciamento e a manutenção do Instituto de Emprego e Formação Profissional como entidade responsável pelo processo de licenciamento. (palha, para distrair das verdadeiras razões, porque estão de acordo com a proposta do PS)
Em alternativa, Pena Costa defende a criação de uma comissão tripartida, com dois membros da Inspecção-Geral do Trabalho, dois das centrais sindicais e dois das patronais, entre os quais a própria APESPE. No parecer que enviou ao Governo, parceiros sociais e partidos políticos, a associação sugere que a licença de actividade seja renovada de três em três anos e não anualmente, como proposto, e aplaudiu o facto de passarem a ser permitidos contratos de trabalho durante três anos, tal como previsto na lei geral.

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